Chuvas Viagens Sovacos e Cebolas
num mundo de muitas vidas solitárias uma história de sutilezas é comum vivida
Um casal que viaja, outro que se cheira, e um casal que não se forma. Sutilezas compartilhadas em três histórias que se tangem. Seis personagens que se encontram e revelam, sutilmente, suas personalidades. Uma terapeuta solitária, uma veterinária viajada e um homem que odeia mosquitos são algumas das figuras nessa peça de novelas peculiares.
foto:Álvaro Starling
Durante o processo de criação do espetáculo foram construídas inúmeras cenas, cada cena possuía sua identidade própria, quer dizer, uma cena era independente da outra. O trabalho de dramaturgia foi feito com o intuito de unificar o máximo possível este material cênico sem prejudicar a potência individual de cada cena.
Como o material cênico era extenso foram escolhidas as cenas que sucessivamente tinham alguma coesão, seja textual, cênica, visual, ou sonora.
A dramaturgia se baseia em textos originais escritos pelos próprios atores-autores e é também constituída por textos de outros autores (poemas de Fernando Pessoa, Hilda Hilst, depoimentos de Cazuza). Conserva características de um drama fragmentado, remetendo a esse recurso muito usado no cinema e que, no teatro, teve seu ponto culminante com o senhor Bertold Brecht.
São três histórias principais mostradas como uma colcha de retalhos. No decorrer do drama cada pedaço desse retalho tem uma cor.
São contadas as histórias de três casais, em recortes sobre seus cotidianos, e situações fúteis ou rotineiras. Cada história mostra de forma sofisticada as pequenas sutilezas dessas relações. Tudo acontece em meio a uma infiltração na casa de uma terapeuta que a comprou de um homem morto; um homem-gato que se incomoda com o cheiro de sua mulher aficionada por exercícios físicos; e as viagens de Camille, que junto com seu amante-pastor visita o Mar Morto e o Alaska.
foto:Álvaro Starling
foto:Álvaro Starling
Categories:
Chuvas Viagens Sovacos e Cebolas