Em Março de 2012 o Asterisco vai iniciar uma temporada de oficinas temáticas com duração de 1 mês.
Espetáculos em repertório: A Casa do Sol, baseado em obras de Hilda Hilst, e Roleta Russa, que tem como ponto de partida uma visita à sala do falecido Sr. Bertolt Brecht
Muito obrigada à Incomodança Escola de Danças de Salão, grande parceira do Asterisco: www.incomodanca.com.br

Na ZAP 18 (Zona de Arte da Periferia)

Chuvas Viagens Sovacos e Cebolas
Ingressos a R$6,00 (meia-entrada)




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Em cartaz

Curta temporada
1, 2 e 3 de Fevereiro
Ingressos: R$10 antecipado (postos Sinparc e Belotur)

Teatro Monte Calvário
(próximo ao Pio XII)




Segunda e Terça às 19h
Quarta às 21h

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ROLETA RUSSA

Brecht morreu, vivo estou eu; um grito mudo e cai o pano




ABERTURA (Filho da Crassa Putaria)
Pretendo sair desta noite vivo
8 MESAS
A janela e o cemitério
Assassina Argentina
jesus Menino
palco e platéia/O que vocês querem?
FAIXA INSTRUMENTAL
O cachimbo
Fora! Fora! Fora!
Cena Armada
O grito mudo de H & W
Tempo presente
Estou no UP Comedy
agradecimentos
CENA FINAL (Não Necessito de Pedra Tumular)


No final o que se quis dizer é o que foi dito. Em cada história, em cada cena um ator-personagem está tentando se posicionar num presente teatral que é alargado com tantas, tantas e tantas possibilidades. Este ator-personagem, é claro, almeja ser entendido, mas se isso for impossível ele passa a pretender pelo menos sair vivo... Roleta Russa!



foto: Álvaro Starling
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Vida Doriana em... O tempo de um ovo



A primeira cena curta

1. UMA CIDADE PERFEITA
Personagens:

• Não pode haver atrasos: O Relojoeiro

• Não falto o que comer: O Leiteiro

• Não falta o que vestir: A costureira

• Não falta motivo para sorrir: O Fotógrafo

• E por fim.. A família Doriana (um casal e dois filhos)




2. A FAMÍLIA PERFEITA
Em sua vida trivial , a família Doriana – mulher, marido e dois filhos – compõe o centro da trama. A mulher, Inácia, espera todos os dias pelo leiteiro; são amantes. O marido de Inácia não esconde sua frustração diante da rotina que a situação tomou; sabe que é traído. Os filhos do casal – uma menina e um menino – parecem habitar um mundo paralelo ao de seus pais. São coloridos, verdadeiramente alegres. Entretêm-se com um ovo, num estranho relacionamento entre dono e bicho-de-estimação. O ovo é o grande motivo de suas reflexões, que, enunciadas pela inocência de suas falas, repercutem com propriedade muito mais no mundo de seus pais do que naquele que habitam.



foto: Alexandre Tinoco
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BARBÁRIE


foto: Elba Rocha

Barbárie é livremente inspirado em Dizer Sim, texto da argentina Griselda Gambaro. Encenado pela primeira vez em 1981, o texto original diz respeito aos dramas vividos na Argentina durante a ditadura e figura, para aquela nação, um drama político sobre a violência obscura do poder.


Um “inocente” jovem chega até a barbearia para cortar os cabelos, mas se vê coagido a trocar de função com o barbeiro. Um suspense tragicômico se mantém no desenvolvimento da trama até seu desfecho, quando o jovem é degolado.

A cena aposta nos jogos de inversão que a relação entre os personagens sucinta: o opressor oferece espontaneamente seu poder ao oprimido, para que ele tenha a impressão que detém, de fato, algum poder. Distraído no exercício de seu possível poder, o oprimido torna-se mais suscetível ao domínio opressor, agora velado pelas suas estratégias aparentemente bem intencionadas, ainda que duvidosas.

Barbárie reserva grandes lacunas a serem preenchidas através de intertextualidades. Dentre as inúmeras relações possíveis, a montagem aposta na analogia entre barbeiroXcliente e chapeuzinho-vermelhoXlobo-mau, como eixo principal da cena. O esquete trabalha com a chamada dramaturgia aberta, ou seja, não existe um texto fixo. Portanto, novas relações intertextuais são descobertas a cada repetição da cena, durante o improviso dos atores.

A partir do eixo principal chapeuzinho-vermelhoXlobo-mau e das diversas relações imprevistas estabelecidas pelos atores em improviso, o público é convidado a farejar em suas próprias referências culturais e pessoais outras relações que a cena possa lhe oferecer.



foto: Elba Rocha
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Chuvas Viagens Sovacos e Cebolas
num mundo de muitas vidas solitárias uma história de sutilezas é comum vivida


foto:Álvaro Starling

Um casal que viaja, outro que se cheira, e um casal que não se forma. Sutilezas compartilhadas em três histórias que se tangem. Seis personagens que se encontram e revelam, sutilmente, suas personalidades. Uma terapeuta solitária, uma veterinária viajada e um homem que odeia mosquitos são algumas das figuras nessa peça de novelas peculiares.


Durante o processo de criação do espetáculo foram construídas inúmeras cenas, cada cena possuía sua identidade própria, quer dizer, uma cena era independente da outra. O trabalho de dramaturgia foi feito com o intuito de unificar o máximo possível este material cênico sem prejudicar a potência individual de cada cena.


Como o material cênico era extenso foram escolhidas as cenas que sucessivamente tinham alguma coesão, seja textual, cênica, visual, ou sonora.


A dramaturgia se baseia em textos originais escritos pelos próprios atores-autores e é também constituída por textos de outros autores (poemas de Fernando Pessoa, Hilda Hilst, depoimentos de Cazuza). Conserva características de um drama fragmentado, remetendo a esse recurso muito usado no cinema e que, no teatro, teve seu ponto culminante com o senhor Bertold Brecht.


São três histórias principais mostradas como uma colcha de retalhos. No decorrer do drama cada pedaço desse retalho tem uma cor.



São contadas as histórias de três casais, em recortes sobre seus cotidianos, e situações fúteis ou rotineiras. Cada história mostra de forma sofisticada as pequenas sutilezas dessas relações. Tudo acontece em meio a uma infiltração na casa de uma terapeuta que a comprou de um homem morto; um homem-gato que se incomoda com o cheiro de sua mulher aficionada por exercícios físicos; e as viagens de Camille, que junto com seu amante-pastor visita o Mar Morto e o Alaska.


foto:Álvaro Starling
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